sábado, 19 de fevereiro de 2011

O dia dos encalhados

Quem inventou o dia dos namorados esqueceu-se dos encalhados. Também se esqueceu de como é irritante estarmos sozinhos e depararmo-nos com montras recheadas de corações, poemas românticos e promessas de amor.

Para todos os irados que já desejaram apedrejar as montras deste dia e para os mesmos que nesta mesma altura se barricam em casa a atacar os chocolates como forma de suprimirem as carências afectivas de que são vítimas, fiquem sabendo que a culpa é do Padre Valentim.
E perguntam vocês: quem? Ora aqui vai: Valentim foi um padre condenado à morte pelo facto de se ter casado em segredo.

Contudo, enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, apaixonou-se pela filha cega de um guarda e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão.
Antes de falecer (a 14 de Fevereiro), Valentim escreveu uma mensagem de despedida à sua amada, na qual assinava como “Seu Namorado”.

Ou seja, é graças ao Valentim que neste dia meloso muitas pessoas deprimem, sentem vontade de atacar qualquer casal de namorados que se aproxime e claro, emanam uma ira desmedida por tudo o que envolva corações e juras de amor.

Todavia, para os casais este dia não poderia ser melhor. Podem até brigar o ano inteiro mas, chegando esta data tão especial, é vê-los qual protótipo de casal perfeito e inabalável, por isso nem se lembram que o dia dos namorados pode ser imperfeito para os encalhados, afinal de contas, com a desgraçada dos outros estamos nós bem.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Simplicidade feminina

Há quem ache que as mulheres são complexas. Eu diria mais que por baixo da nossa suposta complexidade, existe uma simplicidade. Para vos mostrar o mesmo, coloco-vos a seguinte questão: porque é que nós (mulheres) abrirmos a boca de cada vez que metemos rímel nas pestanas?

Sabemos que toda a cara tem músculos e que sempre que espirramos fechamos os olhos. Porquê? Porque é este mesmo reflexo de os fechar que nos ajuda a proteger a zona lacrimal e vasos sanguíneos das bactérias expelidas no espirro. E no caso de abrirmos a boca sempre que pintamos os olhos? Porque será?

Para os leitores masculinos é óbvio que a resposta a tal acto involuntário seria: “Porque as mulheres nunca fecham a boca de maneira nenhuma!” Felizmente, para as leitoras é algo compreensível quando se é mulher (principalmente para aquelas que já deram consigo ao espelho a ponderarem: “Que raio, mas porque abro a boca sempre que pinto os olhos?”

A todas as que se têm vindo a questionar acerca disto, aqui vai a verdadeira resposta: abrindo a boca contraímos os músculos da cara, logo, os olhos ficam mais abertos (o que facilita a colocação do rímel).

É verdade amigas, é tão simples quanto isto! Lamento se desiludi aquelas que pensavam que a beleza ao espelho era tanta que até a boca se abria involuntariamente de espanto ou, aquelas que julgaram que a mesma se abria para aparar algum bocado de rimel sêco que caísse.

Quem disse que éramos complexas estava enganado. Afinal, a nossa suposta “complexidade feminina” aparentemente dificil de descodificar, uma vez bem estudada traduz-se numa simplicidade que só nós (mulheres) possuímos.