sexta-feira, 21 de maio de 2010

Olhá mala

Ora cá estou eu novamente com o intuito de partilhar convosco mais uma das experiências a que me sujeitei recentemente. Era fim-de-semana e decidi ir passear com uma amiga. Confesso que não tenho muita paciência para andar a entrar e a sair das lojas (provavelmente são poucas as mulheres que padecem do mesmo), mas naquele dia até estava com algum espírito para a coisa.
Das muitas lojas que vimos, houve uma em particular que me ficou na memória (pelos piores motivos). Inicialmente entrámos numa de ver, mas depois de nos depararmos com uma mala giríssima em tons verdes decidimos perguntar se havia noutra cor. Dirigimo-nos à lojista e foi-nos dito que existia só um modelo igual, mas em azul (o que me agradou). Contudo esta estava na montra, o que nos fez ir pedir à menina que a tirasse (uma vez que não se percebia bem o tom de azul da mesma devido às luzes da dita montra). Mas qual não é o nosso espanto quando depois do nosso pedido ela nos responde com ar de entediada e de quem faz um frete enorme quando atende clientes que não podia mostrá-la.
Como devem calcular, eu e a minha amiga ficámos a olhar uma para a outra e ainda ponderámos se aquilo não seria para os apanhados ou algo idêntico. Devo assumir que ainda dei por mim com um ar desconfiado a olhar para os cantos do tecto, não fosse haver algum indício de microfones escondidos. Mas não. De facto aquilo estava mesmo a acontecer e o pior de tudo foi quando lhe perguntámos como seria se quiséssemos a dita mala, ao que esta respondeu muito depressa que não a podia vender porque os artigos da montra não podiam ser mexidos!
Depois deste cenário irreal ainda pensámos em reclamar, mas ainda estávamos tão perplexas com o acontecimento que demos por terminado o martírio. A minha amiga ainda cantarolou o “Olhá mala” de Celeste Rodrigues em forma de protesto, mas nem isso fez com que a lojista se comovesse. Por isso viemos embora e limitámo-nos a comentar que nos dias de hoje, em que um emprego é um achado e em que há tanta gente com bons modos tinha que nos calhar uma “mal agradecida”que não sabe a sorte que tem em poder ter o seu ordenado todos os meses mesmo sem mexer na montra.

4 comentários:

  1. Mais uma vez tocaste no ponto... Muito bom!

    Beijinho grande..

    Diana Souto

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  2. Epah irreal xD parece mesmo andota xDD
    Bom trabalho
    ;)

    Viciasss

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  3. ora!!
    so falta mesmo acrescentar... ou n estaria ms nos em portugal...

    e pa akeles k ainda axam k td é um mar de rosas.. abençoada filipa k nos deslumbra cm suas cronicas bem reais , e k apesar da tristeza k vai em nosso redor, conseguimos smp soltar um sorriso em cada leitura sua, cronica apos de cronica!

    Parabens miga!! cm smp és o meu orgulho!!

    :)

    Fifas!!

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  4. Ora bem...eu calculo que saiba o porque que isso aconteceu.
    Ora bem, por vezes ha certas ordens que temos que cumprir, e deve de haver uma nesse sentido nessa loja, ou seja, se virmos bem, as montras sao o que atrai os clientes certo, o que "chama" ou nao "chama", e se nao "chama" os clientes basicamente entao nao vendem nada, nestes tempos modernos, ate ja ha um "emprego/area" que é o de fazer as montras, lol por acaso vi um documentario sobre isto, e que cada vez é mais importante!...(as maiores lojas têm estes "designers de montras", ja nao sao os mortais funcionarios a fazelo) e sao pagos a peso de ouro pelo que vi...Logo deve de haver qq regra na casa, que é mesmo essa, nao tocar na montra! nem para vender!:O o que é estranho, mas se eles o fizerem vao acabar por vender mais, eles ja têm tudo testado e provado e todas as %, e sabem melhor que nos o ze povinho que vao ter mais lucro no fim. O que eu acho que seria inteligente, era dar o passo seguinte...é tao facil de pedir aos fornecedores para se ter na loja tudo o que esta na montra nao?!, porque eles ai sim estao a ser totos, porque se a montra é que atrai as pessoas, entao depois nao têm igual pra vender???? lol pelo menos ligar pra outra loja pra saber se la tinham...assim vai este pais. abraços! ass:sn

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